Abordagem truculenta contra pescadores motiva denúncia da Frente da Pesca

 Abordagem truculenta contra pescadores motiva denúncia da Frente da Pesca

 



Deputado Marcolino vai encaminhar relatos ao Ministério Público, Secretaria Estadual de Agricultura e de Segurança Pública e Ministério da Pesca

 

Pescadores artesanais do litoral de São Paulo denunciam truculência da Polícia Militar Ambiental em ação de fiscalização ocorrida hoje, mas que não é o primeiro caso, conforme relatos de pescadores. O deputado estadual Luiz Claudio Marcolino (PT/SP), coordenador da Frente Parlamentar pelo Desenvolvimento e Proteção à Pesca Artesanal e à Aquicultura, tem recebido denúncias inclusive na área continental e vai encaminhar os casos ao Ministério Público, Secretaria Estadual de Agricultura e à de Segurança Pública e ao Ministério da Pesca.

 

Os pescadores artesanais são trabalhadores, com registro para exercer a atividade, com embarcações verificadas e cadastradas e, por algum motivo que é preciso esclarecer, está crescendo o relato de denúncias de abusos de poder por parte de policiais militares ambientais. Vamos tomar todas as medidas possíveis para reverter essa situação”, afirmou o deputado.

 

 

A denúncia mais recente que chegou à Frente Parlamentar da Pesca foi de um pescador de Bertioga que saiu às 5h da madrugada para pescar, e na volta, por volta das 10h, foi abordado pelos policiais. Ele não levou o seu documento de autorização para pesca, pois o mesmo estava na colônia para renovação do registro. Mesmo tendo o documento em PDF, no celular e demais documentos, os policiais o autuaram.

 

Antes disso, fizeram eu esperar por duas horas e determinaram em pleno sol do meio dia que eu retirasse as minhas redes. Eu e meus filhos estamos com queimaduras graves por causa do sol. Tenho toda a documentação, estou regularizado. Hoje é tudo digital, a polícia tem meios de verificar se eu estava falando a verdade. Papel no barco estraga, por que não aceitam o documento digital? Eles poderiam ter compreendido que está tudo certo. Esses policiais poderiam ter me acompanhado até a colônia que ficava a dois minutos de onde estávamos. Mas não, me fizeram retirar por três horas a rede, despreparado para ficar sob o sol, disse o pescador que prefere ter a sua identidade preservada.

 

Para o deputado há um equívoco por parte de alguns policiais no tratamento aos pescadores e às pescadoras artesanais, que respeitam as leis e preservam o meio ambiente. “Os pescadores artesanais não são criminosos e estão sendo tratados como se fossem. Isso não pode continuar”, afirmou o deputado. “Eles não podem ser submetidos a situações de violência em alto mar e nos rios, sob sol escaldante, sendo que muitas situações podem ser resolvidas com diálogo, sem ferir a dignidade de ninguém”, completou o deputado Marcolino.

 


 

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Humberto Brassioli Corsi - Redator Chefe

https://linktr.ee/humbertocorsioficial

Jornalista, Empresário, Pesquisador, Coordenador Político e Escritor. "PROFISSIONAL MULTIDISCIPLINAR"

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