Inflação de alimentos no Governo Lula

 Inflação de alimentos no Governo Lula

por Dep. Estadual Luiz Claudio Marcolino PT/SP

 

Deputado Estadual Luiz Claudio Marcolino (PT) é economista, vice-presidente da Comissão de Finanças, Orçamento e Planejamento da Assembleia Legislativa do Estado de São Paulo (Alesp), e coordenador de três Frentes Parlamentares ativas na Alesp: Pelo Desenvolvimento da Ciência, Tecnologia, Inovação e sua Integração com o Mercado de Trabalho; Pelo Desenvolvimento e Proteção à Pesca Artesanal e Aquicultura; Pelo Desenvolvimento das Regiões Metropolitanas e Consórcios Intermunicipais do Estado de São Paulo.

 

Falar sobre inflação sempre requer muito cuidado porque é assunto crucial, que mexe com o poder de compra do trabalhador e da trabalhadora. Mas, além de analisar o índice geral do IPCA (inflação oficial do país), é preciso uma compreensão mais aguçada acerca da estrutura do indicador, onde destaco o Subgrupo “Alimentação no Domicílio” (dentro do Grupo “Alimentos e Bebidas”), justamente por ser o ponto mais sensível às famílias de menor renda, que comprometem maiores proporções de seus rendimentos em tal categoria.

 

 

Em 2024, enquanto o IPCA geral acumulou alta de 4,83%, o referido Subgrupo “Alimentação no Domicílio” variou bem mais, 8,23%, o que naturalmente preocupa o Presidente Lula. Tanto preocupou que ele até já convocou o Ministério para cuidar especificamente de inflação de alimentos, mas sem medidas pirotécnicas, como as que marcaram o fracasso no combate a hiperinflação da década de 1980.

 

Entre as causas para o movimento indesejado podemos assinalar crise climática, perdas de produtividade, mercado externo, taxa de câmbio e demanda doméstica felizmente aquecida pelo mercado de trabalho robusto. Para 2025, além de medidas em estudo nos Ministérios, a acomodação do cenário de câmbio que vem se desenhando e uma provável maior safra de grãos no Brasil têm o poder de trazer de volta o índice geral e a inflação de alimentos aos patamares mais confortáveis e condizentes com a força da economia brasileira.

 

 

Contudo, a análise econômica também exige contemplarmos referências ao cenário. Nesse sentido, podemos verificar que, enquanto no Governo Lula III a inflação de Alimentação no Domicílio marcou, em média, 3,76% ao ano (capitalização composta), por conta do conjunto de queda de 0,52% em 2023 e alta de 8,23% em 2024; durante os quatro anos do Governo Bolsonaro a população brasileira foi submetida a inflação média, no mesmo Subgrupo, de 11,79% ao ano, pelos mesmos critérios. Isso nos permite afirmar que o Governo Lula III, até a metade do mandato, já reduziu a inflação de “Alimentação no Domicílio” a um terço do cenário proporcionado por Bolsonaro, o que é muito significativo.

 

 

Dentro da inflação de alimentos, um dos maiores responsáveis pela variação foi o item “Carnes”, que variou 20,84% em 2024, depois de cair 9,37% em 2023, o que equivale a uma variação média 4,65% ao ano, exatamente entre as inflações geral de 2023 (4,62%) e 2024 (4,83%).

 

 

Com isso chegamos a velha provocação da famosa picanha de volta ao churrasco, que, na verdade, é uma metáfora para representar a importância que o Presidente Lula confere ao sagrado direito dos trabalhadores e trabalhadoras ao descanso e lazer. Ela pode ainda não ter chegado a todas as mesas, como deseja o Presidente, mas felizmente não temos mais notícias da desumana fila de ossos trazida pelo Governo Bolsonaro, o que é, sem dúvida, infinitamente mais nobre e humanitário.

Por outro lado, um dos grandes desafios da economia, em especial aos países emergentes, é o de conciliar inflação com crescimento econômico. E por esse agregado macroeconômico as análises também favorecem ao atual governo, já que enquanto no Governo Bolsonaro a taxa média de variação do PIB foi 1,38% ao ano (capitalizado); nos dois anos do Governo Lula a variação média, pelos mesmos critérios, foi de 3,35% ao ano, mais que o dobro.

 

Isso é facilmente refletido na menor taxa de desemprego registrada em toda a série histórica, que traz renda e dignidade aos brasileiros. Portanto, o dobro do crescimento econômico com um terço da inflação para as classes de menor renda, chancelam o emblemático posicionamento de sempre do Presidente Lula, de que “o povo não é o problema, mas a solução para a economia”.

 

Mais informações, acompanhe nas Redes Sociais…

 


 


 

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Humberto Brassioli Corsi - Redator Chefe

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Jornalista, Empresário, Pesquisador, Coordenador Político e Escritor. "PROFISSIONAL MULTIDISCIPLINAR"

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