VGP – Os desafios de uma jovem cidade e sua mobilidade

Os ares e amplos espaços de Vargem Grande Paulista em seus 43 anos de emancipação tem o trilhar de jovialidade.

Em tempos passados chamada de Cidade do Verde, ainda preserva muitos destes recantos. Os caminhos que levaram ao surgimento da cidade e seu crescimento trazem desafios rumo ao seu primeiro cinquentenário.

Muito tempo depois das histórias da passagem de Dom Pedro I pela região, o antigo bairro da Graça receberia a atual Represa Cachoeira das Graças em 1916. Os caminhos ficariam facilitados com a construção do trecho São Paulo – Sorocaba da então Estrada São Paulo Paraná, que sofreria retificações, renomeada para Rodovia Raposo Tavares em 1954 quando tem realizada sua primeira pavimentação. Um pouco antes nascia a Via Adhemar, depois Bandeirantes e por fim como Bunjiro Nakao, nome que permanece até hoje.

Já dotado desde 1958 de uma Escola, Vargem Grande eleva-se a distrito em 1963, sob nome de Raposo Tavares.
Durante muito tempo as festas da Uva de São Roque tem o distrito como ponto de passagem. Quem não ouviu histórias de famílias que nos finais de semana faziam piqueniques nos quiosques existentes a beira da Raposo, mantidos pela Polícia Rodoviária Estadual ou os almoços aos finais de semana no Alto da Serra de São Roque?
Parte disso começaria a mudar quando a Rodovia Castello Branco, era assim que se escrevia quando foi entregue em 1968, esvaziando por um tempo a Raposo.

Os rumos do crescimento do jovem distrito trazem junto indústrias e pessoas, gerando o movimento de emancipação que em 1981 leva ao nascimento da já cidade de Vargem Grande Paulista.

A busca por melhores locais para moradia, trazem pessoas para a jovem cidade, gerando muitos bolsões residenciais.
Os caminhos que levavam alimentos da já extinta Cooperativa Agricola de Cotia, tinham alimentos de outros produtores, finais de semana de trânsito carregado rumo às chácaras da região. O grande tráfego dos anos 1990 levaram a duplicação já em solo Vargem Grandense pela Concessionária Via Oeste e não mais pelo Departamento de Estradas de Rodagem – DER. Ao mesmo tempo criava-se com a duplicação o viaduto da Imigração Japonesa e o corte entre o centro e o restante da cidade. Bem verdade que a Rodovia sempre cortou ao meio a cidade, mas a duplicação trouxe o sentimento da divisão mais nítida.

Linhas de ônibus urbana foram surgindo por meio de ações do município, tirando a cidade do domínio exclusivo da Danúbio Azul, mas isso já são outros trilhares para outros escritos.

Desafios rumo aos 50

Jovem, Vargem Grande Paulista tem desafios crescentes em sua mobilidade. Com a nova concessão que vai iniciar em março de 2025 A Via Oeste dará lugar a Rota Sorocabana. Continuará a ser gerenciado o trecho pela CCR, mas acrescenta-se a Rodovia Bunjiro Nakao e outras Rodovias. O trecho da Raposo Tavares entre seu início e o km 39 ficará com outro lote a ser leiloado dia 28 de novembro de 2024.

O Governo do Estado recentemente realizou licitação, ao custo de mais de 153 milhões de reais, para conclusão da duplicação da Bunjiro. Um presente a região e também a CCR.

Com a Rota Sorocabana a jovem Vargem Grande terá acréscimo de pedágios no km 39 da Raposo e também um outro na Bunjiro na divisa Cotia com Ibiúna o que somado ao pedágio do km 46 da Raposo deixará a cidade cercada.
Demandas que pode o novo prefeito e Camara de Vereadores precisam olhar questões como ligação do Viaduto da Imigração Japonesa com o Centro atual de Vargem Grande Paulista, em um trecho que daria cerca de menos de 400 metros entre o Viaduto e a Rua Inconfidência Mineira, evitando quem vem pela Bunjiro de dar toda a verdadeira volta Olímpica pela Tancredo Neves e Elias Alves da Costa.

Um presente que sem dúvida não precisaria esperar chegar o cinquentenário.

por Christian Sznick